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19.10.07

Poema da árvore


E a sós florescem.

Começam por ser nada.

Pouco a poucose levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.

Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,

e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.

Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,

e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,

e os frutos dão sementes,e as sementes preparam novas árvores.

E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.

Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.

Sós.De dia e de noite.Sempre sós.

Os animais são outra coisa.

Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,

fazem amor e ódio, e vão à vida como se nada fosse.

As árvores não.

Solitárias, as árvores,exauram terra e sol silenciosamente.

Não pensam, não suspiram, não se queixam.

Estendem os braços como se implorassem;

com o vento soltam ais como se suspirassem;

e gemem, mas a queixa não é sua.Sós, sempre sós.

Nas planícies, nos montes, nas florestas,a crescer

e a florir sem consciência.

Virtude vegetal viver a sós e entretanto dar flores.

António Gedeão

Achei linda essa árvore e resolvi homenageá-la com esse belo poema.
Viva a vida, ame a vida, ame a natureza, ame ao próximo!!!


Bom final se semana!!!!!!!


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